12 janeiro, 2011

Sentado à calçada


A primeira vez que encontrei esse simpático sujeiro foi em janeiro de 2009. Nesse dia de verão eu fui ao supermercado, e ele, como de costume, espreitava a porta do local, onde regularmente se sentava a esperar por algumas moedas dadas pelas pessoas.
Como de costume pela sociedade, o nosso primeiro encontro se deu 8 meses depois. Eu tinha repulsas a ele, e me esquivava de sua presença, ou simplesmente fingia não o notar.
Em setembro do mesmo ano, feriado naquela cidade, eu caminhava em direção ao trabalho e este sujeito simpático estava no mesmo local de costume. Foi como se ele me convidasse para tomar um cafá ao seu lado na calçada. Como meu interesse e fascinio por ele era profundo, me sentei, e passamos curtos 40 minutos conversando.
Ele me contou que sua família era uma das fundadora daquele local, que atualmente contava com quase 2 milhões de moradores. Tive uma surpreendente viagem através de sua história em tão pouco tempo. Pedi a ele que fizesse um retrato. Ele pousou, sentindo-se imponente, importante. 
Ao final sorriu, pediu que eu desse a ele uma cópia.
Tive um sublime feriado de trabalho.
Fiz a cópia, mas nunca mais nos encontramos.

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